Temos uma tal necessidade de saber de onde as pessoas são, de que família…”kenha ke bus guentis?”
Não sei se é uma característica comum de ambientes, lugares intimistas, onde as pessoas são próximas, se conhecem umas às outras. Talvez seja isso. Deixo isso para os antropólogos.
Essa necessidade, nos leva a criar juízos de valores e formulamos opiniões desta ou daquela pessoa, conforme sua filiação.
Isto talvez não aconteça somente nesses casos, acontece por exemplo, em relação à posição politico-ideológica da pessoa, da formação académica (ou profissional) da pessoa, de que desporto essa pessoa gosta, o que come, o que veste, etc etc…
Somos imbuídos de pré-conceitos, carregas ideias pré-concebidas das pessoas que estão à nossa volta. Parece que possuímos uma base de dados com informações de todo o tipo. Ao conhecermos uma pessoa, começa logo o processamento de identificar quem é essa pessoa.
Não nos damos ao trabalho, na maioria das vezes, de sequer procurar o misterioso, de descobrir o “tesouro” que é cada ser humano.
Creio que precisamos nos despir de certos preconceitos, carregar apenas o que é positivo, termos alma e coração livres. Estarmos dispostos a nos entregar ao mistério da vida, tocar, ver, sentir, cheirar. Afinal os cinco sentidos que possuímos também servem para isso, para descobrir quem somos.
1 comentário:
Ivan, concordo contigo em parte. Mas há-que procurar as origens desse comportamento: quando encontramos alguém, queremos imediatamente avaliar se essa pessoa signifca algum perigo para nós ou se é alguém com quem poderemos acasalar num futuro qualquer. Qualquer sinal de familiaridade - ser parente de gente conhecida ou gostar do mesmo clube dá-nos uma sensação de segurança.
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