A nossa seleção nacional de futebol masculino, os Tubarões Azuis, jogaram no sábado mais uma partida a contar cara qualificação do CAN’12, contra a seleção do Mali.
Em jeito muito resumido, os Tubarões Azuis, entraram no jogo relativamente bem concentrados, buscando conter os intermináveis ataques do adversário, e tentado algumas tímidas ameaças à baliza contrária. Contudo a pressão do adversário foi tanta que Cabo Verde acabou por ceder e sofremos logo de rompante 2 golos, que desmotivam qualquer estratégia montada. Na segunda parte a seleção do Mali digamos que se “conteve”, geriu o jogo, desferiu o golpe final fazendo o terceiro golo e esperou pelo apito final do árbitro para assumir a liderança do grupo.
Mas o propósito deste texto vai noutro sentido.
Questionar quem soube do jogo da nossa seleção? Quem acompanhou pela rádio (visto que TV era impossível) o jogo da nossa seleção? Quem conhece/conhecia os jogadores, o percurso da nossa seleção? Quem são os patrocinadores da nossa seleção? Enfim, as pessoas se identificam com a nossa seleção?
Creio ser urgente uma identificação urgente com os Tubarões Azuis, e outras modalidades desportivas, é chegada a hora de se fazer um trabalho de marketing e publicidade daqueles que vestem a camisa e carregam a bandeira de Cabo Verde. Eu vejo isso não como uma forma de patrocínio financeiro, mas sim como patrocínio moral, motivação, orgulho, compromisso, afecto, respeito, consideração, carinho especial para com esses atletas.
Faz-me muita confusão, embora também seja um acompanhante e torcedor do futebol internacional, ver a nossa televisão pública fazer marketing e publicidade, oferecer viagens e brindes, para assistir os jogos da Liga Portuguesa, promovendo a campeonato além fronteiras. Quando digo TCV, digo outras empresas nacionais. Faz-me confusão sermos torcedores ferrenhos (de clubes estrangeiros até entendo), de seleções estrangeiras, Brasil, Argentina, Portugal, Alemanha, Inglaterra, etc etc…somos capazes de elencar os 23 selecionados dessas seleções e no entanto temos dificuldade em fazer o 11 da nossa seleção.
Creio ter uma resposta (sem presunção). Não nos sentimos identificados com a nossa seleção, com o nosso desporto, porque não fazemos o trabalho de casa bem feito. Continuamos achar que o que vem de fora é que é melhor/bom. Nisso as empresas nacionais reflectem e reproduzem esse conceito. Para elas é impensável investir no desporto cabo-verdiano porque não dá lucro, não compensa. Não as culpo, afinal têm que pensar como empresários que são.
Mas lanço outra pergunta, e a Federação Cabo-verdiana de Futebol? Não deveria estar ela a tentar reverter este cenário, reverter este conceito que insiste em prevalecer por estas bandas!?
Para quem vive, ou já viveu no estrangeiro, sabe que os atletas são apoiados incondicionalmente. Para dar um exemplo que tive mais contacto, no Brasil chega a ser ao mesmo tempo, contagiante, emocionante e irritante a forma como os atletas que representam o Brasil em qualquer modalidade são tratados. Não são nada imparciais quando se trata de representar o país, muito pelo contrário, torcem, xingam, gritam, apoiam, motivam, rasgam elogios, e acima de tudo acreditam. O carinho que as pessoas lhes transmitem, é fruto de um trabalho que os media, principalmente, implementam, fazendo com haja uma espécie de cumplicidade mutua, um respeito e acima de tudo uma identidade.
Há que se criar uma identidade o com desporto cabo-verdiano no geral, tendo em atenção os Tubarões Azuis.
Em jeito muito resumido, os Tubarões Azuis, entraram no jogo relativamente bem concentrados, buscando conter os intermináveis ataques do adversário, e tentado algumas tímidas ameaças à baliza contrária. Contudo a pressão do adversário foi tanta que Cabo Verde acabou por ceder e sofremos logo de rompante 2 golos, que desmotivam qualquer estratégia montada. Na segunda parte a seleção do Mali digamos que se “conteve”, geriu o jogo, desferiu o golpe final fazendo o terceiro golo e esperou pelo apito final do árbitro para assumir a liderança do grupo.
Mas o propósito deste texto vai noutro sentido.
Questionar quem soube do jogo da nossa seleção? Quem acompanhou pela rádio (visto que TV era impossível) o jogo da nossa seleção? Quem conhece/conhecia os jogadores, o percurso da nossa seleção? Quem são os patrocinadores da nossa seleção? Enfim, as pessoas se identificam com a nossa seleção?
Creio ser urgente uma identificação urgente com os Tubarões Azuis, e outras modalidades desportivas, é chegada a hora de se fazer um trabalho de marketing e publicidade daqueles que vestem a camisa e carregam a bandeira de Cabo Verde. Eu vejo isso não como uma forma de patrocínio financeiro, mas sim como patrocínio moral, motivação, orgulho, compromisso, afecto, respeito, consideração, carinho especial para com esses atletas.
Faz-me muita confusão, embora também seja um acompanhante e torcedor do futebol internacional, ver a nossa televisão pública fazer marketing e publicidade, oferecer viagens e brindes, para assistir os jogos da Liga Portuguesa, promovendo a campeonato além fronteiras. Quando digo TCV, digo outras empresas nacionais. Faz-me confusão sermos torcedores ferrenhos (de clubes estrangeiros até entendo), de seleções estrangeiras, Brasil, Argentina, Portugal, Alemanha, Inglaterra, etc etc…somos capazes de elencar os 23 selecionados dessas seleções e no entanto temos dificuldade em fazer o 11 da nossa seleção.
Creio ter uma resposta (sem presunção). Não nos sentimos identificados com a nossa seleção, com o nosso desporto, porque não fazemos o trabalho de casa bem feito. Continuamos achar que o que vem de fora é que é melhor/bom. Nisso as empresas nacionais reflectem e reproduzem esse conceito. Para elas é impensável investir no desporto cabo-verdiano porque não dá lucro, não compensa. Não as culpo, afinal têm que pensar como empresários que são.
Mas lanço outra pergunta, e a Federação Cabo-verdiana de Futebol? Não deveria estar ela a tentar reverter este cenário, reverter este conceito que insiste em prevalecer por estas bandas!?
Para quem vive, ou já viveu no estrangeiro, sabe que os atletas são apoiados incondicionalmente. Para dar um exemplo que tive mais contacto, no Brasil chega a ser ao mesmo tempo, contagiante, emocionante e irritante a forma como os atletas que representam o Brasil em qualquer modalidade são tratados. Não são nada imparciais quando se trata de representar o país, muito pelo contrário, torcem, xingam, gritam, apoiam, motivam, rasgam elogios, e acima de tudo acreditam. O carinho que as pessoas lhes transmitem, é fruto de um trabalho que os media, principalmente, implementam, fazendo com haja uma espécie de cumplicidade mutua, um respeito e acima de tudo uma identidade.
Há que se criar uma identidade o com desporto cabo-verdiano no geral, tendo em atenção os Tubarões Azuis.
3 comentários:
Assino integralmente este texto!
Excelente texto e ideia. O que é que podemos fazer, nós, sociedade civil?
Um bom artigo, com excelentes ideias...é preciso trazê-las para cima da mesa para serem debatidas e aplicadas na prática...é preciso que mais tenhas atitudes destas de modo a que possamos lutar pelo progresso do nosso futebol e do desporto em Geral. 1 amo i Deus ku nos!!
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