segunda-feira, 15 de março de 2010

Homenagem a Quebra-Canela



Essência


Águ,

Águ-l mar.

Ora ku speransa, ora romantiku,

Ora na guerra, ora na paz, ora di luto,

Ora balenti, ora kobardu,

Ora idukadu, ora malkriadu,

Ora harmonioso, ora monótono,

Ora fartu, ora ku fomi…

Ma nunka bu ka ta dexa di ser,

Águ,

Águ-l mar.

Por Ivan Santos

segunda-feira, 8 de março de 2010

Sensacionalismos



O nosso primeiro-ministro afirma com todas as letras, alto e bom som, que a problemática da onda de violência que o país atravessa, reside no simples facto de a nossa comunicação social ser sensacionalista. Ou seja não passam de meros casos sensacionalistas que passam na TV noticias que servem para vender e que geram avultados lucros às nossas grandes cadeias de televisão, rádio e internet.

Entretanto o Governo reúne-se com instituições públicas e privadas para discutir a violência. O Governo promete reforçar a legislação na matéria e procurar novas formas de contornar a situação.

Alguns dias depois, o Ministério de Segurança Interna, anuncia novas medidas para combate à violência e criminalidade. As medidas passam desde o reforço e capacitação da Policia Nacional, como por exemplo: 118 novos efectivos, reforço de meios para o combate à proliferação de armas ligeiras, instalação de scanners móveis e fixos para a fiscalização e controlo de armas nos portos e aeroportos (entre outras); assim como medidas operacionais, adopção de um Plano Operacional Nacional, Planos Especiais para os Comandos Regionais, etc, etc…

Hoje, anuncia-se que a Policia Militar volta às ruas, com o objectivo de colaborar no Plano de Combate à violência e criminalidade.

Perguntas: Tudo isto é porque a nossa imprensa é sensacionalista? Tudo isto é porque o estado actual da problemática da violência está pior do que pensávamos? Ou ainda, tudo isto é porque estamos a um ano das eleições e o governo quer mostrar que cumpriu no seu dever?

Homenagem às mulheres



Mulheres e flores do campo


Mulheres
São quais flores do campo
Que solitárias embelezam o prado
Enquanto são pisoteadas pelos insensatos.

As flores do campo trazem uma beleza sem par
Indecifráveis são suas essências
E as mulheres incompreendidas
Em suas ricas consistências.

Mulheres e flores do campo
Estão além da compreensão
Do gênero homem, preocupado, aprisionado
No poder econômico e de mando.


As flores do campo por mais que as arranquem;
As pisoteiam, sempre voltam a florescer
Suas raízes são profundas
E suas sementes fecundas.

Nas mulheres,
Fecunda é a sabedoria;
Profundos são seus sentimentos;
Por isso, com mulher não se brinca.

Mulher, se ama
Mulher deve ser adorada e respeitada
Pois nela há o indecifrável
Dom do amor e da vida.


Por Davi Roballlo